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Mais não é sempre melhor: a importância da dosagem consciente em fitoterapia e suplementação

Lugol: o que precisamos saber sobre ele?

Esta semana, durante uma consulta, surgiu um tema que considero fundamental: Será que doses mais altas de suplementos e fitoterápicos sempre significam melhores resultados? Resolvi compartilhar meu pensamento, porque esse é um ponto que pode transformar a forma como lidamos com a saúde e repensar a forma como fazemos escolhas terapêuticas.


A crença de que “se funciona com pouco, vai funcionar ainda mais com muito” é comum, mas ignora princípios básicos da farmacocinética (como o corpo absorve, distribui, metaboliza e elimina substâncias) e da farmacodinâmica (como a substância age no organismo).


Muitos nutrientes e compostos bioativos possuem mecanismos de absorção saturáveis. Isso significa que existe um limite fisiológico para o quanto o corpo consegue aproveitar em um dado momento — e o excesso simplesmente não será utilizado, podendo ser excretado ou, em alguns casos, acumulado de forma prejudicial.


Um exemplo clássico é a vitamina C: doses acima de 200–400 mg por vez têm absorção significativamente reduzida devido à saturação dos transportadores SVCT1 e SVCT2 no intestino, resultando em aumento da excreção urinária e risco de desconforto gastrointestinal.


Além disso, quanto maior a dose, maior o risco de efeitos adversos. Vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) se acumulam no tecido adiposo e no fígado, podendo levar à toxicidade. A vitamina D, quando usada em excesso, pode elevar perigosamente o cálcio no sangue e induzir calcificações em artérias, rins e tecidos moles — o oposto do que se deseja para saúde óssea e cardiovascular. Fitoterápicos em doses muito altas também podem gerar efeitos colaterais ou interações medicamentosas relevantes, sobrecarregando fígado e rins.


📌 Olhar para o macro, não só para o micro

Quando uma pessoa precisa constantemente de doses elevadas para manter resultados, é preciso investigar:


  • O intestino está absorvendo corretamente?

  • O fígado e os rins estão desempenhando suas funções de metabolização e excreção?

  • Há uso de medicamentos que competem por absorção ou metabolismo?

  • Existem deficiências enzimáticas ou genéticas que afetam a utilização do nutriente?


Por exemplo, não adianta aumentar indefinidamente a dose de vitamina B12 se o paciente consome carne regularmente, mas apresenta gastrite atrófica, uso crônico de omeprazol ou doenças intestinais que impedem a absorção. Nesses casos, a abordagem deve tratar a causa raiz, e não apenas “forçar” a dose.


📌 Quando doses maiores fazem sentido

Existem situações específicas onde doses mais altas são justificadas:


  • Idosos, que apresentam absorção intestinal naturalmente reduzida

  • Deficiências nutricionais severas diagnosticadas em exames

  • Situações de maior demanda metabólica (infecções, recuperação pós-cirúrgica, gestação, doenças crônicas específicas)

  • Estratégias terapêuticas pontuais com monitoramento clínico e laboratorial


Mesmo nesses casos, a dosagem deve ser calculada, monitorada e ajustada conforme a evolução clínica e exames, evitando excessos desnecessários.


💡 Conclusão

O verdadeiro poder da suplementação e da fitoterapia não está em exagerar na quantidade, mas em acertar na medida certa para cada pessoa, considerando metabolismo, absorção, interações e necessidades específicas. Em saúde, “mais” não é sinônimo de “melhor” — mas “melhor” é sempre sinônimo de mais consciente, seguro e individualizado.


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3 comentários

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Convidado:
09 de ago.
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Suplementar sem conhecer as reais necessidades de nosso organismo através de exames é um ato irresponsável que pode trazer consequências indesejáveis, suplementos, dosagem e posologia não são as mesmas em todos os organismos a falta ou o excesso pode trazer sérios danos à nossa saúde.


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Convidado:
09 de ago.

Dosagem mínima, não adianta, porém Dosagem maiores podem ser Prejuficial,pricipalmente com algumas Plantas.As vezes é necessário mudanças sim,principalmente a Posologia.Dependendo do estado Clínico do paciente se faz necessário a mudança de posologia pra q o organismo reaja.

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Convidado:
09 de ago.
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Ótima orientação. A dose certa, individual é o melhor caminho. Gratidão por sua orientação.

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